O Pedro e o pai são dois empreendedores que para além de gerirem o hostel/guesthouse Castaway, em conjunto com a mãe, também cultivam hortícolas, de forma sustentável para venda local em Peniche.
Curiosos? Venham connosco ”observar” a gota de Orvalho!
O Pedro e o pai…
… são as “cabeças” por detrás do projeto Orvalho. O primeiro exerce atividade profissional como engenheiro mecânico e o segundo como carpinteiro. Ambos dedicam o final dos dias e a maioria dos seus fins-de-semana a este projeto.
O Orvalho consiste em…
…produzir produtos hortícolas da época e locais. É um projeto piloto que, futuramente, pretende ganhar uma escala maior, seguindo sempre as boas práticas agrícolas e disponibilizando alimentos saudáveis e que respeitem o meio ambiente e ciclo natural das plantas.
Pai e filho…
… aperceberam-se que a integração deste projeto no seu hostel/guesthouse Castaway, seria uma mais-valia. Isto porque a maioria dos seus hóspedes tem preocupações com a alimentação saudável, local e sustentável. Hoje em dia, devido à pandemia de Covid-19, há uma maior dificuldade em atrair hóspedes e, como possuem uma produção sobredimensionada para a família, decidiram escoar os produtos e vender aquilo que produziam.
A produção de hortícolas é feita, através da utilização de técnicas e procedimentos sustentáveis,…
… tendo em conta as regras da agricultura biológica. Apesar de seguirem os princípios da agricultura biológica, não são certificados.
Utilizam sementes biológicas certificadas, maioritariamente nacionais e de diferentes variedades, garantindo assim a produção de uma variedade de culturas para o mesmo tipo de vegetal.
O combate a pragas e doenças não envolve a utilização de químicos, mesmo que aprovados para a agricultura biológica. Novas formas de combate estão a ser testadas pelo Pedro e pelo pai como por exemplo, a utilização de “redes de malha fina para prevenir ataques de pulgões, moscas, caracóis, etc., decocção de cavalinha para combater fungos como oídio e utilizamos consociações com outras plantas de modo a atrair insetos benéficos que permitem um equilíbrio do ecossistema”.
Possuem 18 camas com 7 metros quadrados cada, onde é proibido entrar e onde foi instalado um sistema de rega gota a gota de modo a testarem os seus benefícios/problemas.
Para a distribuição/venda dos produtos, utilizam sacos biodegradáveis.
Como em todos os projetos, existem altos e baixos e, neste momento, para a Orvalho, os seus maiores desafios passam…
… pela dificuldade que existe no consumidor aderir ao consumo local devido à sazonalidade do mesmo, por estarem restritos à variedade local e também pela associação errada que fazem relativamente ao preço dos alimentos locais serem muito mais caros que os de agricultura convencional. Alguns consumidores também acreditam que alguns desses produtos não são seguros para consumo, o que nem sempre é verdade.
Como pretendem fazer uma produção sustentável, evitam a utilização de pesticidas sintéticos mas, as alternativas exigem mais trabalho e resiliência, e passam pela prevenção, diversidade de culturas ou “receitas” que ajudam a controlar o problema.
Para o Pedro…
… o concelho de Peniche é um mercado pouco explorado, pequeno e não existe grande consciencialização para este tipo de consumo, apesar de “a nível nacional e internacional o consumo de alimentos de origem biológica estar a ganhar cada vez mais adeptos, principalmente nos países desenvolvidos”.
De forma a tornar os sistemas alimentares mais sustentáveis, o Pedro acredita que é necessária…
… uma maior sensibilização da população em geral e que é estritamente necessário a consciencialização das crianças desde os primeiros anos escolares, “através da promoção de ações como a criação de hortas na escola, visitas a explorações agrícolas sustentáveis e integração de alimentos de origem biológica nos refeitórios/cantinas”.
Divulgação:
Facebook: @Orvalho
Instagram: @orvalho_bio